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Raul Seixas




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Raul Seixas Album


Novo Aeon (1975)
1975
1.
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. . .


Veja!
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba!
Pois a água viva ainda tá na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não

Tente!
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar!
Há uma voz que canta, há uma voz que dança
Há uma voz que gira
Bailando no ar

Queira!
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo
Vai, tente outra vez

Tente!
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez...

. . .


Me dê um corpo vivo
Para eu encher minha pança
Três quilos de alcatra
Com muqueca de esperança
Diabo, o diabo usa capote
É rock é toque é funk
Diabo foi ele mesmo
Que me deu um toque
Enquanto Freud explica as coisas
O diabo fica dando toques

Existe dois diabos
Só que um parou na pista
Um deles é do toque
O outro é aquele do exorcista
Diabo, o diabo usa capote
É rock é toque é funk
Diabo foi ele mesmo
Que me deu um toque
Enquanto Freud explica as coisas
O diabo fica dando toques

Mamãe disse a Zequinha
Nunca pule aquele muro
Zequinha respondeu
Mamãe aqui tá mais escuro
Diabo, o diabo usa capote
O rock é toque é forte
Diabo foi ele mesmo
Que me deu um toque
Enquanto Freud explica as coisas
O diabo fica dando toques

O diabo é o pai do rock
O diabo é o pai do rock
Então é everybody rock
O diabo é o pai do rock
Enquanto Freud explica
O diabo fica dando toques

. . .


Se esse amor
Ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor
Vai se gastar
Se eu te amo e tu me amas
Um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais

Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita é tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar

Quando eu te escolhi
Pra morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais

Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar

Quando eu te escolhi
Pra morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais

Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar

. . .


Se você acha que tem pouca sorte
Se lhe preocupa a doença ou a morte
Se você sente receio do inferno
Do fogo eterno, de Deus, do mal

Eu sou estrela no abismo do espaço
O que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
Onde eu tô não há bicho papão não, não
Eu vou sempre avante no nada infinito
Flamejando meu rock, o meu grito
Minha espada é a guitarra na mão

Se o que você quer em sua vida é só paz
Muitas doçuras, seu nome em cartaz
E fica arretado se o açúcar demora
E você chora, você reza
Você pede, você implora

Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei. Sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fél
E que a guerra é produto da paz

O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber sem provar?

Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou anti-socialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ego, eu sou ista
Eu sou ego, eu sou ista
Eu sou egoísta, eu sou egoísta
Por que não, por que não?
Por que não, por que não?

Sobre a cabeça os aviões
Sobre os meus pés os caminhões
Aponta . . .

. . .


Você me pergunta
Aonde eu quero chegar
Se há tantos caminhos na vida
E pouca esperança no ar
E até a gaivota que voa
Já tem seu caminho no ar

O caminho do fogo é a água
O caminho do barco é o porto
O do sangue é o chicote
O caminho de reto é o torto
O caminho do bruxo é a nuvem
O da nuvem é o espaço
O da luz é o túnel
O caminho da fera é o laço
O caminho da mão é o punhal
O do santo é o deserto
O do carro é o sinal
O do errado é o certo
O caminho do verde é o cinzento
O do amor é o destino
O do cesto é o cento
O caminho do velho é o menino
O da água é a sede
O caminho do frio é o inverno
O do peixe é a rede
O do pio é o inferno
O caminho do risco é o sucesso
O do acaso é a sorte
O da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte...

E você ainda me pergunta
Aonde que eu quero chegar
Se há tantos caminhos na vida
E pouquíssima esperança no ar
E até a gaivota que voa
Já tem seu caminho no ar

O caminho do risco é o sucesso
O do acaso é a sorte
O da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte

. . .


Tu és o grande amor
Da minha vida
Pois você é minha querida
E por você eu sinto calor
Aquele seu chaveiro
Escrito "love"
Ainda hoje me comove
Me causando imensa dor
Dor!

Eu me lembro
Do dia em que você
Entrou num bode
Quebrou minha vitrola
E minha coleção
De Pink Floyd

Eu sei!
Que eu não vou ficar
Aqui sozinho
Pois eu sei
Que existe um careta
Um careta em meu caminho

Ah!
Nada me interessa
Nesse instante
Nem o Flávio Cavalcanti
Que ao teu lado
Eu curtia na TV, na TV

Nessa sala hoje
Eu peço arrêgo
Não tenho paz
Nem tenho sossego
Hoje eu vivo somente
A sofrer! A sofrer!

E até!
Até o filme
Que eu vejo em cartaz
Conta nossa história
E por isso, e por isso
Eu sofro muito mais

Eu sei!
Que dia a dia
Aumenta o meu desejo
E não tem Pepsi-cola que sacie
A delícia dos teus beijos

Ah!
Quando eu me declarava
Você ria
E no auge da minha agonia
Eu citava Shakespeare

Não posso sentir
Cheiro de lasanha
Me lembro logo
Das casas da banha
Onde íamos nos divertir
Divertir!

Mas hoje o meu
Sansui-Garrat e Gradiente
Só toca mesmo embalo quente
Prá lembrar do teu calor
Então eu vou ter
Com a moçada lá do Pier
Mas prá eles é careta
Se alguém
Se alguém fala de amor
Ah!

Na Faculdade de Agronomia
Numa aula de energia
Bem em frente ao professor
Eu tive um chilique desgraçado
Eu vi você surgindo ao meu lado
No caderno do colega Nestor
Nestor!

É por isso, é por isso
Que de agora em diante
Pelos 5 mil auto-falantes
Eu vou mandar berrar
O dia inteiro
Que você é: O Meu
Máximo Denominador Comum!

. . .


Tudo quanto é velho eles botam pr'eu ouvir
E tanta coisa nova jogam fora sem curtir
Eu não nego que a poesia dos cinquenta é bonita
Mas todo o sentimento dos setenta onde é que fica?

Eu vou fazer o que eu gosto
Eu vou
Dos cinquenta bonita-ta
Mas os setenta onde é que ele está?
Por isso a nostalgia eu tô curtindo sem querer
Porque está faltando alguma coisa acontecer
Mamãe já ouve Beatles
Papai já deslumbrou
Com meu cabelo grande
Eu fiquei contra o que eu já sou

Eu vou fazer o que eu gosto
É mãe com os Beatles e o pai falô
Logo então eu fiquei contra o que eu já sou
O rock hoje em dia já mudou, virou outra coisa
É por isso que eu corto o cabelo

Na curva do futuro muito carro capotou
Talvez por causa disso é que a estrada ali parou
Porém, atrás da curva
Perigosa eu sei que existe
Alguma coisa nova
Mais vibrante e menos triste

Eu vou fazer o que eu gosto
Atrás da curva do perigo existe
Alguma coisa bem mais nova e menos triste

. . .


Quando esqueço a hora de dormir
E de repente chega o amanhecer
Sinto a culpa que eu não sei de que
Pergunto o que que eu fiz?
Meu coração não diz e eu . . .
Eu sinto medo!
Eu sinto medo!

Se eu vejo um papel qualquer no chão
Tremo, corro e apanho pra esconder
Medo de ter sido uma anotação que eu fiz
Que não se possa ler
E eu gosto de escrever, mas . . .
Mas eu sinto medo!
Eu sinto medo!

Tinha tanto medo de sair da cama
Á noite pro banheiro
Medo de saber que não estava ali
Sozinho porque sempre
Sempre
Sempre
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu tava sempre com Deus!

Minha mãe me disse há tempo atrás
Onde você for Deus vai atrás
Deus vê sempre tudo que cê faz
Mas eu não via Deus
Achava assombração, mas . . .
Mas eu tinha medo!
Eu tinha medo!

Vacilava sempre a ficar nu
Lá no chuveiro, com vergonha
Com vergonha de saber
Que tinha alguém ali comigo
Vendo fazer tudo que se faz
Dentro do banheiro
Vendo fazer tudo que se faz
Dentro do banheiro

Para Nóia

Dedico esta canção
Para Nóia!
Com amor e com medo
(Com amor e com medo)
Com amor e com medo
(Com amor e com medo)
Com amor e com medo
(Com amor e com medo)
Com amor e com medo
(Com amor e com medo)

Com amor e com medo . . .

. . .


Entra pelas portas do fundo
Do Oceano Atlântico um cara
De baleia, terno e gravata
Seu nome é Peixuxa,
É amigo dos peixes
É gente e respira debaixo do mar
Mar, mar, mar

Ma, ma, ma, ma, mas sempre
Com um charuto na boca
Vai andando debaixo d'água
Vai até o mediterrâneo
Pois tem um encontro com hora marcada
Com a lua cheia para um lindo jantar
Tem gente estranha por debaixo do mundo
Tal qual Peixuxa, baixo, gordo, salgado
Tem gente estranha trabalhando nos fundo
Que não é peixe mas não morre afogado
Do, do, do, do, do, do

Ele é cordial com os peixes
Dá bom-dia quando é de dia
Boa-noite quando é de noite
E se não é de dia e se não é noite
Peixuxa, amavelmente, dá "maresia"
Seu Peixuxa antigamente
Foi chamado de Deus dos mares
"Inda" guarda em casa um tridente

E quando eu olho
O mar com petróleo
Eu rezo a Peixuxa
Que ele fisgue essa gente

. . .


É fim do mês
É fim do mês
No fim do mês
Já sou freguês

É fim do mês
É fim do mês
No fim do mês
Já sou freguês

É fim de mês,
É fim de mês,
Eu já paguei a conta do meu telefone
Eu já paguei por eu falar e já paguei por eu ouvir
Eu já paguei a luz, o gás, e o apartamento Kitchenette
De um quarto que eu não comprei a prestação
Pela caixa federal, au au au
Eu não sou cachorro não

Eu liquidei
Eu liquidei
Eu liquidei
A prestação do paletó, do meu sapato, da camisa
Que eu comprei pra domingar com meu amor
Lá no cristo redentor ela gostou e mergulhou
E o fim do mês vem outra vez

É fim do mês
É fim do mês
No fim do mês
Já sou freguês

É fim do mês
É fim do mês
Eu já paguei o Pegue-Pague, no mercado
Mas a conta do rosário que eu comprei pra mim rezar
Eu também sou Filho de Deus
Se eu não rezar
Eu não vou pro céu

Já fui pantera,
Já fui hipi beatnick
Tinha o símbolo da paz dependurado no pescoço
Porque nêgo disse a mim que era o caminho da salvação
Já fui católico, budista, protestante
Tenho livros na estante
Todos tem a explicação

Mas não achei
Mas procurei
Prá você ver que eu procurei
Eu procurei fumar cigarro hollyhood que a televisão
Me diz que é o cigarro do sucesso
Eu sou sucesso

No posto Esso eu encho o tanque do carrinho
Bebo em troca um cafezinho, cortesia da matriz
There's a tiger no chassi
There's a tiger no chassi

É fim do mês
É fim do mês
No fim do mês
Já sou freguês

É fim do mês
É fim do mês
No fim do mês
Já sou freguês

No fim do mês, já sou freguês
Eu já paguei o meu pecado na capela
Sob a luz de sete velas que eu comprei
Pro meu Senhor do Bonfim olhar por mim

Tô terminando a prestação do meu buraco
Meu lugar no cemitério pra mim não me preocupar
De não ter mais onde morrer
Ainda bem que no mês que vem
Posso morrer, já tenho o meu tumbão
Meu tumbão

Eu consultei e acreditei
No velho papo do tal psiquiatra que te ensina
Como é que você vive alegremente, acomodado
E conformado de pagar tudo calado
Ser bancário ou empregado
Sem jamais se aborrecer

Eu já paguei a prestação
Da geladeira, do açougue fedorento
Que me vende carne podre
Que eu tenho que comer
Que engolir sem vomitar
Quando as vezes desconfio
Se é gato, jegue ou mula
Aquele talho de acém
Que eu comprei pra minha patroa
Pr'ela não não não me apoquentar

É fim do mês
É fim do mês
No fim do mês
Já sou freguês

É fim do mês
É fim do mês
No fim do mês
Já sou freguês

É fim do mês
É fim do mês
No fim do mês
Já sou freguês

É fim do mês
É fim do mês
E o fim do mês vem outra vez

. . .


You were born at the ending
As the curtain came down
I can see you're confused girl
But it's all right
It's only the chime
Announcing a new time
You see now

Boats are cruising the deserts
Oceans cracked by the heat
People drowning in raindrops
But it's all right
It's not a defeat
Stand on your own feet

Right now the sun doesn't shine
He´s loaded on wine
Though I can laugh in the storm
Bacause I was born
When the sun used to
Shine in June

. . .


Assim como
Todas as portas são diferentes
Aparentemente
Todos os caminhos são diferentes
Mas vão dar todos no memso lugar
Sim

O caminho do fogo é a água
Assim como
O caminho do barco é o porto
O caminho do sangue é o chicote
Assim como
O caminho de reto é o torto
O caminho do risco é o sucesso
Assim como
O caminho do acaso é a sorte
O caminho da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte

. . .


O sol da noite agora está nascendo
Alguma coisa está acontecendo
Não dá no rádio nem está
Nas bancas de jornais
Em cada dia ou qualquer lugar
Um larga a fábrica, outro sai do lar
E até as mulheres, ditas escravas
Já não querem servir mais
Ao som da flauta
Da mãe serpente
No para-inferno
De Adão na gente
Dança o bebê

Uma dança bem diferente
O vento voa e varre as velhas ruas
Capim silvestre racha as pedras nuas
Encobre asfaltos que guardavam
Hitórias terríveis
Já não há mais culpado
Nem inocente
Cada pessoa ou coisa é diferente
Já que assim, baseado em que

Você pune quem não é você?
Ao som da flauta
Da mão serpente
No para-inferno
De Adão na gente

Dança o bebê
Uma dança bem diferente
Querer o meu
Não é roubar o seu
Pois o que eu quero
É só função de eu
Sociedade alternativa
Sociedade novo aeon
É um sapato em cada pé
É direito de ser ateu
Ou de ter fé
Ter prato entupido de comida
Que você mais gosta
É ser carregado, ou carregar
Gente nas costas
Direito de ter riso e de prazer
E até direito de deixar
Jesus Sofrer

. . .


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