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Raul Seixas




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Raul Seixas Album


A Panela do Diabo (1989)
1989
1.
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11.
. . .


Well, Be Bop a Lula, she's my baby
Be Bop a Lula, I don't mean maybe
Be Bop a Lula, she's my baby
Be Bop a Lula, I don't mean maybe
Be Bop a Lula, she's my baby, doll
My baby, doll, my baby, doll

Well She's the gal in the red blue jeans
She's the queen of all the teens
She's the wilde woman that I know
She's the woman that loves me so, say
Be Bop a Lula, she's my baby, doll
My baby, doll, my baby, doll

She's the woman that's got that beat
She's the woman with the flying feet
She's the one that walks around the store
She's the one that's gets more more more
Be Bop a Lula, she's my baby
Be Bop a Lula, she's my baby

Be Bop a Lula, I don't mean maybe, maybe
Be Bop a Lula, she's my baby
Be Bop a Lula, I don't mean maybe
Be Bop a Lula, she's my baby, doll
My baby, doll, my baby, doll
My baby, doll, my baby, doll
My baby, doll

. . .


Há muito tempo atrás na velha Bahia
Eu imitava Little Richard e me contorcia
As pessoas se afastavam pensando
Que eu tava tendo um ataque de epilepsia
(De epilepsia)

No teatro Vila Velha, velho conceito de moral
Bosta nova pra universitário gente fina, intelectual
Oxalá, Oxum, Dendê, Oxossi
De não sei o quê
(De não sei o quê)

Oh, rock'n'roll
Yeah, yeah, yeah!
That's rock'n'roll

A carruagem foi andando e uma década depois
Nego dizia que indecência era o mesmo feijão com arroz
Eu não podia aparecer na televisão
Pois minha banda era nome de palavrão
(Nome de palavrão)

E lá dentro do camarim no maior abafamento
A mulherada se chegando altos pratos, pratos suculentos
E do meu lado um hippie punk, me chamando de traidor do movimento
(Vê se eu aguento)
(Traidor do movimento)

Oh, rock'n'roll
Yeah, yeah, yeah!
That's rock'n'roll

Alguns dizem que ele é chato, outros dizem que é banal
Já o colocam em propaganda fundo de comercial
Mas o bicho ainda entorta minha coluna cervical
(Coluna cervical)

Já dizia o eclesiastes há dois mil atrás
Debaixo do sol não há nada novo, não seja bobo meu rapaz
Mas nunca vi Beethoven fazer,aquilo que Chuck Berry faz
(Chuck Berry faz)

Roll olver Beethoven
Eoll over Beethoven
Roll over Beethoven
Tell Tchaikovsky the news

E pra terminar com esse papo, eu só queria dizer
Que não importa o sotaque, e sim o jeito de fazer
Pois há muito percebi que Genival Lacerda tem a ver
Com Elvis e com Jerry Lee
(Elvis e Jerry Lee)

Por aí os sinos dobram, isso não é tão ruim
Pois se são sinos da morte, aínda não bateram para mim
E até chegar a minha hora, eu vou com ele até o fim
(Com ele até o fim)

Oh, Rock'n'roll
Yeah, yeah, yeah!

. . .


Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Não sei por que nasci
Pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser
Não sei pois nasci para isso e aquilo
E o inguiço de tanto querer

Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Humm estou sempre
Pensando em aparar o cabelo de alguem
E sempre tentando mudar a direção do trem
À noite a luz do meu quarto eu não quero apagar
Pra que você não tropeçe na escada quando chegar

Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Carpinteiro do universo inteiro eu sou
O meu egoismo é tão egoista
Que o auge do meu egoismo é querer ajudar
Mas não sei por que nasci
Pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser

Não sei pois nasci para isso e aquilo
E o inguiço de tanto querer
Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Carpinteiro do universo inteiro eu sou
Assim no final
Carpinteiro de mim

. . .


Quando eu morri em dezembro
De mil novecentos e setenta e dois
Esperava ressuscitar e juntar os pedaços

Da minha cabeça
Um tempo depois um psiquiatra disse
Que eu forçasse a barra
E me esforçasse pra voltar à vida
E eu parei de tomar ácido lisérgico
E fiquei quieto lambendo minha própria ferida
Sem saber se era crime ou castigo

E se havia outro cordão no meu umbigo
Pra de novo arrebentar
Pois eu fui puxado à ferro
Arrancado do útero materno
E apanhei pra poder chorar
Quando eu morri suando frio
Vi Jimmy Hendrix tocando nuvens distorcidas
Eu nem consegui falar
E depois por um momento
O céu virou fragmento do inferno
Em que eu tive que entrar
Eu sentia tanto medo, só queria dormir cedo

Pra noite passar depressa
E não poder me agarrar
Noites de garras de aço
Me cortavam em mil pedaços
E no outro dia eu tinha que me remendar
E se a vida pede a morte
Talvez seja muita sorte eu ainda estar aqui
E a cada beijo do desejo
Eu me entorpeço e me esqueço
De tudo que eu ainda não entendi

. . .


Às três horas da manhã numa cidade tão estranha
Um palhaço teve a manha de um banquete apresentar
E era um latão de lixo transbordando
Nova York catchup e caviar
Eu dormindo embriagado um par de coxas do
Meu lado e eu sem saber se devia ou não tocar
Se era estrangeira mãe esposa ou outra besteira
Que eu inventei de aprontar

O hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar

Fui levado na marra pois enfermeiro quando
Agarra é que nem ordem de prisão
A ambulância me esperava e aí o que
Rolava internamento e injeção
E lá em Serra Pelada, ouro no meio do nada
Dor de barriga desgraça resolveu me atacar
O show estava começando e eu no escuro
Me apertando e autografando sem parar

O hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar

Muitas mulheres eu amei e com tantas me casei
Mas agora é Raul Seixas que Raul vai encarar
Nem todo bem que conquistei,
Nem todo mal que eu causei, me dão direito de
Poder lhe ensinar
Meu amigo Marceleza já me disse com certeza
Não sou nenhum ficção
E assim torto e de verdade com
Amor e com maldade, um abraço e até outra vez

O hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar

Mas o hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar

. . .


Eu não sei se o céu ou o inferno
Qual dos dois você vai ter que encarar
E foi pra não lhe deixar no horror
Que eu vim para lhe acalmar
Se o pecado anda sempre ao seu lado
Se o demônio vive a lhe tentar
Chegou a luz no fim do seu túnel, minha filha
O meu cajado vai lhe purificar

Pois eu transformo água em vinho
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossível
Pastor João e a Igreja Invisível
Pastor João e a Igreja Invisível

Pois eu transformo agua em vinho
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossível
Pastor João e a Igreja Invisível
Pastor João e a Igreja Invisível

Para os pobres e deseperados
E todas as almas sem lar
Vendo barato a minha nova agua benta
Três prestações, qualquer um pode pagar
O sucesso da minha existencia
Esta ligado ao exercicio da fé
Pois se ela remove montanhas
Também traz grana e um monte de mulher

Pois eu transformo água em vinho
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossível
Pastor João e a Igreja Invisível
Pastor João e a Igreja Invisível

. . .


Há muitos anos você anda em círculos
Já não lembra de onde foi que partiu
Tantos desejos soprados pelo vento
Se espatifaram quando o vento sumiu
Você vendeu sua alma ao acaso
Que por descaso estava ali de bobeira
E em troca recebeu os pedaços
Cacos de vida de uma vida inteira

Se você correu, correu, correu tanto
E não chegou a lugar nenhum
Baby, oh Baby, benvinda ao Século XXI!

Você cruzou todas as fronteiras
Não sabe mais de lado que ficou
E ainda tenta e ainda procura
Por um tempo que faz tempo passou
Agora é noite na sua existência
Cuja a essência perdeu o lugar
Talvez esteja ai pelos cantos
Mas está escuro pra poder encontrar

Se você correu, correu, correu tanto
E não chegou a lugar nenhum
Baby, oh Baby, benvinda ao Século XXI!

. . .


Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia
Sou da noite a companheira mais fiel qu'ela queria!
Yeah, yeah, yeah, yeah!

Amo a guerra, adoro o fogo
Elemento natural do jogo, senhores
Jamais me revelarei!
Jamais me revelarei!

Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia
Sou da noite a companheira mais fiel qu'ela queria!
Yeah, yeah, yeah, yeah!

E quão longa é a noite, a noite eterna do tempo
Se comparado ao curto sonho da vida
Chega enfeitando de azul a grande amante dos homens
Guardando do sol, seu beijo incomum, ah!

Seja bom ou o que não presta
Acendo as luzes para nossa festa, senhores
Eu sou o mistério do sol!
Eu sou o mistério do sol!

Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia
Sou da noite a companheira mais fiel qu'ela queria!
Yeah, yeah, yeah, yeah!

Mas é com o sol que eu divido toda a minha energia
Eu sou a noite do tempo. Ele é o dia da vida
Ele é a luz que não morre quando chego e anoiteço
O sol dos dois horizontes a mais perfeita harmonia
Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia

. . .


O Best Seller do momento
É um livro agourento
Que ninguém entende
Mas todo mundo quer ler
Ler pra ter cultura

E como acabaram com a censura
A mídia agora é o nosso Aiatolá
Ah, mas não se importe não
No final o bandido casa com o mocinho

E o Best Seller vai pra milésima edição
Ah, mas não se importe não
No final o bandido casa com o mocinho
E o Best Seller vai pra milésima edição
O presidente conversa com Sting
E é você quem não distingue
Quais são os índios que vão tomar no Xingu

Ai meu Deus, que agonia
Como toda essa pontaria
A pomba escapa (e quem se ferra)
E quem se ferra é o urubu

Ah, mas não se importe não
No final o bandido casa com o mocinho
E o Best Seller vai pra milésima edição
Ah, mas não se importe não
No final o bandido casa com o mocinho
E o Best Seller vai pra milésima edição
Se já não existe inteligência
Então vamos bater continência pra esse indício
De resquício militar (um, dois, três, quatro)

E como é tudo a mesma merda
Antes que chegue a vida eterna
Eu vou pedir asilo ao Paraguai
Ah, mas não se importe não
No final o bandido casa com o mocinho
E o Best Seller vai pra milésima edição . . .

. . .


Você roubou meu vídeo cassete
Pensando que eu fosse o controle remoto
Pra frente e pra trás só na sua cabeça
E antes que eu me esqueça, honey darling
É melhor desligar

Você não quis sair lá de casa
Tal quadro queria ficar na parede
Xingou, reclamou e chamou ambulância
Mas hoje na distância, foi você quem sumiu

Você é tão possessiva
Guardou minha imagem na sua televisão
Você é tão abusiva
Me prende e não muda pra outra estação

Você quebrou a minha guitarra
Pois eu a tocava mais que em você
Queria que eu comesse calado
Mas tá rebocado
Nem vem, que não tem!

Você roubou meu vídeo cassete
Pensando que eu fosse o controle remoto
Pra frente e pra trás só na sua cabeça
E antes que eu me esqueça
É melhor desligar
É melhor desligar
É melhor desligar . . .

. . .


Saiba esperto ou burro
Você vai morrer aqui
Isso é um perigo eu sei
Mas esse é um país perigoso

Se você vacilar neguinho chupa
Sangue do pescoço
E lá se vão mais dois cc
Essa rampa escorrega
"But don't worry, baby"
Nós estamos aqui
Entre igrejas e cassinos e discursos
Tão cretinos mesmo assim
São todos gente finíssima
Mas com eles ou sem nada
Esse é o nosso país

Saiba esperto ou burro
Você vai morrer aqui
Isso é um perigo eu sei
Mas esse é um país perigoso

Se você vacilar, neguinho
Chupa sangue do pescoço
Eu queria poder saber
O que dizer pra lhe consolar
Mas meu sapato tá apertado
E pisaram no meu calo

Sai pra lá
Não quero ser treinado
Como um Doberman do sistema
Não quero ser treinado
Com um Doberman desse esquema
Nós gritamos um pouco
Quebramos algumas vidraças
Mas tudo bem . . .

. . .


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