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Milton Nascimento




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Milton Nascimento Album


Nascimento (1997)
1997
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
E agora, Rapaz? (And What Now, Man?)
8.
9.
Ana Maria (Instrumental)
10.
Ol' Man River (Instrumental)
11.
12.
. . .


Senhora dona eu lhe dou meu coração
Fazei de mim o seu altar, seu louva-a-Deus
Nasci pra ser o seu escravo, guia
Sonhei a estrada que me traz o dia
Senhora deusa da paixão

Quero o ventre
E o pensamento
Quero vinho
E quero o pão
Quero o leito,
Quero a mesa
Quero a casa,
Quero a oração

Senhora dona da paixão...

. . .


Algo me dirá
Desta história misteriosa nascerá
Não conheço essas paragens
Que clarão
Me carrega,
Me empurra
Desconcerta a razão
Corro sem parar
Nessas trilhas,
Sem controle, sem lugar
Tudo ou nada me sussurra ao coração
Bate pedra,
Bate lua,
Bate chão
Vamos contra o sol
E o cavalo não respeita a minha voz
É encanto,
É magia,
Não sei não
É certeza que um vento louco atrás vem
Tarde de um azul,
Mas o céu chorando
Galhos rebentando
Que não machucam
Sensação que não conheça
Sonho de amor
Algo me dirá
Desta história misteriosa nascerá
Tudo ou nada
Me sussurra ao coração
Um chamado
Desconcerta a razão
Ei, ei, ei, ei, ei...

Só sei que sinto
A cor do teu olhar
Me deixo carregar
Por onde for
Me agarro na loucura da visão
Fantasia,alegria
E pura maravilha
Algo me dirá
Desta história misteriosa nascerá
Não conheço essas paragens, que clarão
É o amor que me faz pleno o coração
Jogo o laço, pego o traço da paixão
Vivo a vida
Com o laço da paixão
Jogo o laço, pego o traço da paixão
Ê, ê, ê, ê...

. . .


Na minha cidade tem poetas, poetas
Que chegam sem tambores nem trombetas
Trombetas e sempre aparecem quando
Menos aguardados, guardados, guardados
Entre livros e sapatos, em baús empoeirados
Saem de recônditos lugares, nos ares, nos ares
Onde vivem com seus pares, seus pares
Seus pares e convivem com fantasmas
Multicores de cores, de cores
Que te pintam as olheiras
E te pedem que não chores
Suas ilusões são repartidas, partidas
Partidas entre mortos e feridas, feridas
Feridas mas resistem com palavras
Confundidas, fundidas, fundidas
Ao seu triste passo lento
Pelas ruas e avenidas
Não desejam glórias nem medalhas, medalhas
Medalhas, se contentam
Com migalhas, migalhas, migalhas
De canções e brincadeiras com seus
Versos dispersos, dispersos
Obcecados pela busca de tesouros submersos
Fazem quatrocentos mil projetos
Projetos, projetos, que jamais são
Alcançados, cansados, cansados nada disso
Importa enquanto eles escrevem, escrevem
Escrevem o que sabem que não sabem
E o que dizem que não devem
Andam pelas ruas os poetas, poetas, poetas
Como se fossem cometas, cometas, cometas
Num estranho céu de estrelas idiotas
E outras e outras
Cujo brilho sem barulho
Veste suas caudas tortas
Na minha cidade tem canetas, canetas, canetas
Esvaindo-se em milhares, milhares, milhares
De palavras retrocedendo-se confusas, confusas
Confusas, em delgados guardanapos
Feito moscas inconclusas
Andam pelas ruas escrevendo e vendo e vendo
Que eles vêem nos vão dizendo, dizendo
E sendo eles poetas de verdade
Enquanto espiam e piram e piram
Não se cansam de falar
Do que eles juram que não viram
Olham para o céu esses poetas, poetas, poetas
Como se fossem lunetas, lunetas, lunáticas
Lançadas ao espaço e ao mundo inteiro
Inteiro, inteiro, fossem vendo pra
Depois voltar pro Rio de Janeiro

. . .


Alma al aras a las que pasan
Del ave que en vuelo anda
Alma el ama en mantra
Alma del lugar noche y fogata
As del luz y el fuego en llama
Llama al alma y canta

Canta- canta y ama vive en cuerpo y alma
Canta- sol de la naturaleza llama

Alma que al tramar tramas en mantras
Haz que el luz aves alas as
Salve al cuerpo y alma
Alma nombre a Dios o al que es amigo
Fiel en si y a uno mismo
Voz del cuepo y alma

Canta pensamiento y alma el alma en mantra
Canta que en el cuerpo un templo guarda al alma

Canta- canta y ama vive en cuerpo y alma
Canta- sol de la naturaleza llama

Canta- canta y ama vive en cuerpo y alma
Canta- sol de la naturaleza llama

Canta pensamiento y alma el alma en mantra
Canta que en el cuerpo un templo guarda al alma

Canta- canta y ama vive en cuerpo y alma
Canta- sol de la naturaleza llama

Canta pensamiento y alma el alma en mantra
Canta que en el cuerpo un templo guarda al alma

. . .


Rouxinol tomou conta do meu viver
Chegou quando procurei
Razão pra poder seguir
Quando a música ia e quase eu fiquei
Quando a vida chorava mais que eu gritei
Passaro deu a volta ao mundo e brincava

Rouxinol me ensinou que é só não temer
Cantou se hospedou em mim

Todos os pássaros, anjos dentro de nós
Uma harmonia trazida dos rouxinóis

. . .


De janela, o mundo até parece o meu quintal
Viajar, no fundo, é ver que é igual
O drama que mora em cada um de nós
Descobrir no longe o que já estava em nossas mãos
Minha vida brasileira é uma vida universal'
É o mesmo sonho, é o mesmo amor
Traduzido para tudo o que o humano for
Olhar o mundo é conhecer
Tudo o que eu já teria de saber

(Canto)
Estrangeiro eu não vou ser
Estrangeiro eu não vou ser
Ê, ê, ê,
Estrangeiro eu não vou ser ê, ê

De janela, o mundo até parece o meu quintal
Viajar, no fundo, é ver que é igual
O drama que mora em cada um de nós
Descobrir no longe o que já estava em nossas mãos
Minha vida brasileira é uma vida universal'
É o mesmo sonho, é o mesmo amor
Traduzido para tudo o que o humano for
Olhar o mundo é conhecer
Tudo o que eu já teria de saber

(Canto)
Estrangeiro eu não vou ser
Eu não vou

Cidadão do mundo eu sou
Estrangeiro eu não vou ser

Cidadão do mundo eu sou
Cidadão do mundo eu sou
Cidadão do mundo eu sou
Estrangeiro eu não vou ser
Ê, ê
É, ê
Ê, ê

Estrangeiro eu não vou ser
Cidadão do mundo eu sou
Eu sou
Eu sou

. . .

E agora, Rapaz? (And What Now, Man?)

[No lyrics]

. . .


Como então? Desgarrados da terra?
Como assim? Levantados do chão?
Como embaixo dos pés uma terra
Como água escorrendo da mão?

Como em sonho correr numa estrada?
Deslizando no mesmo lugar?
Como em sonho perder a passada
E no oco da Terra tombar?

Como então? Desgarrados da terra?
Como assim? Levantados do chão?
Ou na planta dos pés uma terra
Como água na palma da mão?

Habitar uma lama sem fundo?
Como em cama de pó se deitar?
Num balanço de rede sem rede
Ver o mundo de pernas pro ar?

Como assim? Levitante colono?
Pasto aéreo? Celeste curral?
Um rebanho nas nuvens? Mas como?
Boi alado? Alazão sideral?

Que esquisita lavoura! Mas como?
Um arado no espaço? Será?
Choverá que laranja? Que pomo?
Gomo? Sumo? Granizo? Maná?

. . .

Ana Maria

[No lyrics]

. . .

Ol' Man River

[No lyrics]

. . .


Era um, era dois, era cem
Mil tambores e as vozes do além
Morro velho, senzala, casa cheia
Repinica, rebate, revolteia
E trovão no céu é candeia
Era bumbo, era surdo e era caixa
Meia-volta e mais volta e meia
Pocotó, trem de ferro e uma luz
Procissão, chão de flores e Jesus

Bate forte até sangrar a mão
E batendo pelos que se foram
Os batendo pelos que voltaram
Os tembores de Minas soarão
Seus tambores nunca se calaram

Era couro batendo e era lata
Era um sino com a nota exata
Pé no chão e as cadeiras da mulata
E o futuro nas mãos do menino
Batucando por fé e destino
Bate roupa em riacho a lavadeira
Ritmando de qualquer maneira
E por fim o tambor da musculatura
O tum-tum ancestral do coração
Quando chega a febre ninguém segura

Bate forte até sangrar a mão
Os tambores de Minas soarão
Seus tambores nunca se calaram...

. . .


En Montevideo hay poetas, poetas, poetas
Que si bombos ni trompetas, trompetas, trompetas
Van saliendo de recónditos altillos, altillos, altillos
De paredes de silencios, de redonda con puntillo

Salen de agujeros mal tapados, tapados, tapados
Y proyectos no alcanzados, cansados, cansados
Que regresan fantasmas de colores, colores, colores
A pintarte las ojeras y pedirte que no llores

Tienen ilusiones compartidas, partidas, partidas
Pesadillas adheridas, heridas, heridas
Cañerias de palabras confundidas, fundidas, fundidas
A su triste paso lento por las calles y avenidas

No pretenden glorias ni laureles, laureles, laureles
Sólo pasan a papeles, papeles
Experiencias totalmente personales, zonales, zonales
Elementos muy parciales que juntados no son tales

Hablan de la aurora hasta, cansarse, cansarse
Si tener miedo a plagiarse, plagiarse, plagiarse
Nada de eso importa ya mientras escriban, escriban, Escriban
Su mania su locura su neurosis obsesiva

Andan por las calles los poetas, poetas, poetas
Como si fueran cometas, cometas, cometas
En un denso cielo de metal fundido, fundido, fundido
Impenetrable, desastroso, lamentable y aburrido

En Montevideo hay biromes, biromes, biromes
Desangradas en renglones, renglones, renglones
De palabras retorciéndose confusas, confusas, confusas
En delgadas servilletas, como alchólicas reclusas

Andan por las calles escribiendo, y viendo y viendo
Lo que vem lo van diciendo y siendo y siendo
Ellos poetas a la vez que se pasean, pasean, pasean
Van contando lo que vem y lo que no, lo fantesean

Miran para el cielo los poetas, poetas, poetas
Como si fueran saetas, saetas, saetas
Arrojadas al espacio que un rodeo, rodeo, rodeo
Hiciera regresar para clavarlas en Montevideo

. . .


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