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Milton Nascimento




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Milton Nascimento Album


Courage (1968)
1968
1.
Travessia (Bridges)
2.
3.
4.
5.
6.
Rio Vermelho (Instrumental)
7.
8.
9.
Catavento (Instrumental)
10.
. . .


Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida, me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço, com meu braço, o meu viver

. . .


Hoje foi que a perdi
Mas onde já nem sei
Em Vera me larguei
E deito nesta dor
Meu corpo sem lugar
Ah, quisera esquecer

A moça que se foi
De nossa Vera Cruz
É o pranto que ficou
Do norte que sonhei
Das coisas do lugar
Dos mimos me larguei

Correndo sem parar
Buscar Vera Cruz
Nos campos e no mar
Mas ela se soltou
No norte se perdeu

Se ela em outra mansidão
Um dia ancorar
E ao vento me esquecer
Ao vento me amarrei
E nele vou partir
Atrás de Vera Cruz

Ah, quisera encontrar
A moça que se foi
Do lar de Vera Cruz
E o pranto que ficou
Do norte que perdi
Das coisas do lugar

. . .


Anda, minha gente
Vem depressa, na estação,
Pra ver o trem
Chegar

É dia de festa
E a cidade se enfeita para ver
O trem

Quem é bravo, fica manso
Quem é triste, se alegra
E olha o trem

Velho, moço e criança
Todo mundo vem correndo
Para ver

Rever gente que partiu
Pensando um dia em voltar
Enfim, voltou
No trem

E voltou contando histórias
De uma terra tão distante do mar
Vem trazendo esperança para quem quer
Nessa terra se encontrar

E o trem...

Gente se abrançando
Gente rindo
Alegria que chegou
No trem

. . .


Tanta gente no meu rumo
Mas eu sempre vou só
Nessa terra desse jeito
Já não sei viver
Deixo tudo deixo nada
Só do tempo
Eu não posso me livrar
E ele corre para ter
Meu dia de morrer

Mas se eu tiro do lamento
Um novo canto
Outra vida vai nascer
Vou achar um novo amor
Vou morrer só quando for
Ah, jogar no meu braço no mundo
Fazer meu Outubro de homem
Matar com amor essa dor
Vou fazer desse chão minha vida
Meu peito é que era deserto
O mundo já era assim

Tanta gente no meu rumo
Já não sei viver só
Foi um dia e é sem jeito
Que eu vou contar
Certa moça me falando alegria
De repente ressurgiu
Minha história está contada
Vou me despedir
Minha história está contada
Vou me despedir

. . .


Day wanders away
And the night clings like a tear
In the quite and cold
A young man is crying
Living with his fear

As a voice rises in prayer
That the knows no one will hear
He must face this alone
This time of learning
Knowing death is near

All his day are filed with empty sorrow
A warrior's life with know tomorrow to warm him
His only hope or comfort is dreaming
At times he'd like to run

All his night are long and fear is blinding
His oath is stronger, honor binding, it holds him
Again he'll stand his ground until morning
He lives to see the sun

As the day wanders away
And the night clings like a tear
In the quite and cold
A young man is crying
Living with his fear

. . .

Rio Vermelho

[No lyrics]

. . .


Deperta, minha amada
Linda como a terra
E vem pelos campos
Com mil vivas ao redor

Já vem junto com o luar
E traz no cabelo a flor
Vem para me encontrar

Vê, meu amor, a roda de flores
É a despedida gira, girou
A roda de palmas
Levou nosso amor

Mas seu sorriso triste
Que a lua enfeita
Fala de outras cores
De uma gente sem cantar

E a, e a roda em flor
E vou levar a voce
Meu pranto e triste
Amor

. . .


No sertão da minha terra
Fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força
Parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no morro
E ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada
De viola em vez de enxada

Filho do branco e do preto
Correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro
Crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
Peixe bom dá no riacho
De água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada
Conta histórias prá moçada

Filho do senhor vai embora
Tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes
Deixando o companheiro na estação distante
„Não esqueça, amigo, eu vou voltar!“
Some longe o trenzinho ao deus-dará

Quando volta já é outro,
Trouxe até sinhá mocinha prá apresentar
Linda como a luz da lua
Que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor,
E agora na fazenda é quem vai mandar
E seu velho camarada,
Já não brinca mais – trabalha . . .

. . .

Catavento

[No lyrics]

. . .


Trabalhando o sal
É amor, o suor que me sai
Vou viver cantando
O dia tão quente que faz
Homem ver criança
Buscando conchinhas no mar
Trabalho o dia inteiro
Pra vida de gente levar

Trabalhando o sal
É amor, o suor que me sai
Vou viver cantando
O dia tão quente que faz
Homem ver criança
Buscando conchinhas no mar
Trabalho o dia inteiro
Pra vida de gente levar

Água vira sal lá na salina
Quem diminuiu água do mar
Água enfrenta o sol lá na salina
Sol que vai queimando até queimar

Trabalhando o sal
Pra ver a mulher se vestir
E ao chegar em casa
Encontrar a família a sorrir
Filho vir da escola
Problema maior de estudar
Que é pra não ter meu trabalho
E vida de gente levar

Água vira sal lá na salina
Quem diminuiu água do mar
Água enfrenta o sol lá na salina
Sol que vai queimando até queimar

Trabalhando o sal
Pra ver a mulher se vestir
E ao chegar em casa
Encontrar a família a sorrir
Filho vir da escola
Problema maior de estudar
Que é pra não ter meu trabalho
E vida de gente levar

. . .


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