Music World
 
Find Artists:
 
 
 
Russian versionSwitch to Russian 
Gilberto Gil




Music World  →  Lyrics  →  G  →  Gilberto Gil  →  Albums  →  Expresso 2222

Gilberto Gil Album


Expresso 2222 (1972)
1972
1.
Pipoca Moderna
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
. . .

Pipoca Moderna

[No lyrics]

. . .


Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim
Puxando o cabelo nervoso, querendo ouvir Celly Campelo pra não cair

Naquela fossa em que vi um camarada
meu de Portobello cair
Naquela falta de juízo que eu não
tinha nem uma razão pra curtir
Naquela ausência de calor, de cor, de sal,
de sol, de coração prasentir
Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim
Digo num baú de prata porque prata é a luz do luar
Do luar que tanta falta me fazia junto do mar
Mar da Bahia cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar
Tão diferente do verde também tão lindo dos gramados campos de lá
Ilha do Norte onde não sei se por sorte ou por castigo dei deparar
Por algum tempo que afinal passou depressa, como tudo tem depassar
Hoje eu me sinto como se ter ido fosse necessário para voltar
Tanto mais vivo de vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá

Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim
Puxando o cabelo nervoso, querendo ouvir Celly Campelo pra não cair

Naquela fossa em que vi um camarada
meu de Portobello cair
Naquela falta de juízo que eu não
tinha nem uma razão pra curtir
Naquela ausência de calor, de cor, de sal,
de sol, de coração prasentir
Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim
Digo num baú de prata porque prata é a luz do luar
Do luar que tanta falta me fazia junto do mar
Mar da Bahia cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar
Tão diferente do verde também tão lindo dos gramados campos de lá
Ilha do Norte onde não sei se por sorte ou por castigo dei deparar
Por algum tempo que afinal passou depressa, como tudo tem depassar
Hoje eu me sinto como se ter ido fosse necessário para voltar
Tanto mais vivo de vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá

. . .


A ema gemeu no tronco do juremau
Foi um sinal bem triste, morena
Fiquei a imaginar
Será que é o nosso amor, morena
Que vai se acabar?

Você bem sabe, que a ema quando canta
Traz no meio do seu canto um bocado de azar
Eu tenho medo, morena, eu tenho medo
Pois acho que é muito cedo
Pra essa amor acabar

Vem morena, vem, vem, vem
Me beijar, me beijar
Dá um beijo, dá um beijo

. . .


Só ponho bebop no meu samba
Quando o tio Sam pegar no tamborim
Quando ele pegar no pandeiro e no zabumba
Quando ele entender que o samba não é rumba
Aí eu vou misturar Miami com Copacabana
Chicletes eu misturo com banana
E o meu samba vai ficar assim

Quero ver a grande confusão

É o samba-rock, meu irmão

Mas em compensação
Quero ver o boogie-woogie de pandeiro e violão
Quero ver o tio Sam de frigideira
Numa batucada brasileira
Quero ver o tio Sam de frigideira
Numa batucada brasileira

Quero ver a grande confusão

É o samba-rock, meu irmão

. . .


Ele vive calmo
E na hora do Porto da Barra fica elétrico
Eu vivo elétrico
E na hora do Porto da Barra fico calmo

Ele vive eletriconsumida, consumada ou mudamente
Bem mais calmo
Porque curte cada golpe do martelo
Na bigorna do destino
E na hora do Porto da Barra fica firme

Eu vivo calmargalarga, abertamente
Bem mais louco
Porque espero pelo beijo arrependido
Da serpente do começo
E na hora do Porto da Barra fico aflito
E na hora do Porto da Barra fico aflit

. . .


Sai, sai do sereno, menina
Sereno pode lhe fazer mal
Vem logo pra dentro, menina
Que esse forró
Tá gostoso pra danar
Acaundu, acaundu, acaundu

. . .


Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000
Dizem que tem muita gente de agora
Se adiantando, partindo pra lá
Pra 2001 e 2 e tempo afora
Até onde essa estrada do tempo vai dar
Do tempo vai dar
Do tempo vai dar, menina, do tempo vai
Segundo quem já andou no Expresso
Lá pelo ano 2000 fica a tal
Estação final do percurso-vida
Na terra-mãe concebida
De vento, de fogo, de água e sal
De água e sal
De água e sal
Ô, menina, de água e sal
Dizem que parece o bonde do morro
Do Corcovado daqui
Só que não se pega e entra e senta e anda
O trilho é feito um brilho que não tem fim
Oi, que não tem fim
Que não tem fim
Ô, menina, que não tem fim
Nunca se chega no Cristo concreto
De matéria ou qualquer coisa real
Depois de 2001 e 2 e tempo afora
O Cristo é como quem foi visto subindo ao céu
Subindo ao céu
Num véu de nuvem brilhante subindo ao céu

. . .


O sonho acabou
Quem não dormiu no sleeping-bag nem sequer sonhou

O sonho acabou hoje, quando o céu
Foi de-manhando, dessolvindo, vindo, vindo
Dissolvendo a noite na boca do dia
O sonho acabou
Dissolvendo a pílula de vida do doutor Ross
Na barriga de Maria

O sonho acabou desmanchando
A trama do doutor Silvana
A transa do doutor Fantástico
E o meu melaço de cana
O sonho acabou transformando
O sangue do cordeiro em água
Derretendo a minha mágoa
Derrubando a minha cama

O sonho acabou
Foi pesado o sono pra quem não sonhou

. . .


Se oriente, rapaz
Pela constelação do Cruzeiro do Sul
Se oriente, rapaz
Pela constatação de que a aranha
Vive do que tece
Vê se não se esquece
Pela simples razão de que tudo merece
Consideração

Considere, rapaz
A possibilidade de ir pro Japão
Num cargueiro do Lloyd lavando o porão
Pela curiosidade de ver
Onde o sol se esconde
Vê se compreende
Pela simples razão de que tudo depende
De determinação

Determine, rapaz
Onde vai ser seu curso de pós-graduação
Se oriente, rapaz
Pela rotação da Terra em torno do Sol
Sorridente, rapaz
Pela continuidade do sonho de Adão

. . .


Cho, chuá
Cada macaco no seu galho
Cho, chuá
Eu não me canso de falar
Cho, chuá
O seu galho é na Bahia
Cho, chuá
O seu é em outro lugar

Não se aborreça, moço da cabeça grande
Você vem não sei de onde
Fica aqui, não vai pra lá
Esse negócio da mãe preta ser leiteira
Já encheu sua mamadeira
Vá mamar noutro lugar

(Repete letra)

. . .


vamos passear no astral
com duplo etérico furado
com você do meu lado, menina
não vai ter problema nenhum

vamos passear no astral
com intelecto pirado
caetanaves do ano passado vão pintar
pra levar todo mundo pelo espaço
pra levar todo mundo pro planeta Carnaval
pelo menos, menina, por um dia
vamos passear no astral

. . .


Está na cara
Você não vê
Que a caretice está no medo
Você não vê
Está na cara
Você não vê
Que o medo está na medula
Você não vê
Está na cara
Você não vê
Que o segredo está na cura, está na cara
Está na cura desse medo

Quem tem cara tem medo
Quem tem medo tem cura
Essa história de medo é caretice pura
Vou brincar que ainda é cedo
Que o brinquedo está na cara
Está na cara, está na cara
Que o segredo está na cura do medo

. . .


blog comments powered by Disqus



© 2011 Music World. All rights reserved.