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Djavan




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Djavan Album


Djavan (1978)
1978
1.
2.
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8.
9.
10.
11.
. . .


Índio cara pálida
Cara de índio
Índio cara pálida
Cara de índio

Sua ação é válida
Meu caro índio
Sua ação é válida
Válida ao índio
Nessa terra tudo dá
Terra de índio
Nessa terra tudo dá
Não para o índio
Quando alguém puder plantar
Quem sabe índio
Quando alguém puder plantar
Não é índio

Índio quer se nomear
Nome de índio
Índio quer se nomear
Duvido índio
Isso pode demorar
Te cuida índio
Isso pode demorar
Coisa de índio
Índio sua pipoca
Tá pouca índio
Índio quer pipoca
Te toca índio

Se o índio se tocar
Toca de índio
Se o índio toca
Não chove índio
Se quer abrir a boca
Pra sorrir índio
Se quer abrir a boca
Na toca índio
A minha também tá pouca
Cota de índio
Apesar da minha roupa
Também sou índio

. . .


Se o Senhor me for louvado
Eu vou voltar pro meu serrado
Por ali ficou quem temperou
O meu amor e semeou em mim
Essa incrível saudade
Se é por vontade de Deus
Valei, valei

Se pedir a Deus pelo meu prazer
Não for pecado, vou rezar
Pra quando eu voltar a rever
Todas as brincadeiras do passado
Cortejar meu serrado
Em dia, feriado
Viva o cordão azul e encarnado

Eu sei, serei feliz de novo
Meu povo, deixa eu chorar com você
Serei feliz de novo
Meu povo, deixa eu chorar com você
Serei feliz de novo
Meu povo, deixa eu chorar

. . .


Tudo que se passa aqui
Não passa de um naufrágio
Eu me criei no mar e
Foi lá que eu aprendi
A nadar
Pra nada
Eu aprendi pra nada

A maré subiu demasiada
E tudo aqui está que é água
Que é água

Água pra encher
Água pra manchar
Água pra vazar a vida
Água pra reter
Água pra rasar
Água pra minha comida
Água
Aguaceiro
Aguadouro
Água que limpa o couro
Couro até mata

. . .


Havia mais que um desejo
A força do beijo
Por mais que vadia
Não sacia mais
Meus olhos lacrimejam teu corpo
Exposto à mentira
Do calor da ira
No afã de um desejo
Que não contraíra
No amor, a tortura
Está por um triz
Mas gente atura
E até se mostra feliz
Quando se tem o álibi
De ter nascido ávido
E convivido inválido
Mesmo sem ter havido, havido
Havia mais que um desejo

. . .


Um é par de dois
Quer ver, verás
Irei a ti pra viver
Depois morrer de paz
Ou não...
Quem saberá?

Ficarei sabedor
Se você temperou no sal
Ou se salobro nós
Me atiro, cívico
Aos meus amigos
De varar a noite

Trazás nó cego, dirás
E eu rirei, pecador
No que você corará mais
E de cor entregarás
A minha alma viva
E depenada para o satanás
Que enfim, quiçá lhe trai
Indiferente a mim
Que não lhe significa nada mais
Do que um lobo atroz
Perdido numa esquina de Hanói
Perdido numa esquina de Hanói

. . .


O descampado se via
E eu de esperar
Tava morta
Com jeito de agonia
Eu me encostava na porta

A disfarçar a barriga
Dos risos da fantasia
Fingindo ter
Nos meus olhos
Um sol que nunca podia

Via passar procissões
E os velhos nos caramanchões
Ê, ê
Via passar esses dias
Como se fossem dobrados
Ardia em mim
Esse filho
Como se fosse pecado
Filho do pecado

. . .


Ô Maceió
É três mulé prum homem só
Ô Maceió
É três mulé prum homem só
Eu fui batizado
Na capela do farol
Matriz de Santa Rita
Maceió
Eu fui batizado
Na capela do farol
Matriz de santa Rita
Maceió

Mas foi beirando estrada
Abaixo que eu piquei a mula
Disposto a colar grau
Na escola da natura
Se alguém me perguntar
Não tenho nada a dizer
Pois eu, pra me realizar
Preciso morrer

Mas foi beirando estrada
Abaixo que eu piquei a mula
Disposto a colar um grau
Na escola da natura
Se alguém me perguntar
Não tenho nada a dizer
Pois eu, pra me realizar
Preciso morrer

Você me deu liberdade
Pra meu destino escolher
E quando sentir saudades
Poder chorar por você
Não vê, minha terra mãe
Que estou a me lamentar
É que eu fui condenado
A viver do que cantar

Ala, ala, ala, Alagoas
Ala, ala, ala, Alagoas

Eu fui batizado
Na capela do farol

. . .


Me apareceu tal rainha
Qual estrela pelo chão
No decote a sianinha
E a fileira de botão
Elogiei seu vestido
Pra dizer que era nobre
Feito um rei oferecido
Eu estou às suas ordens

As ordens foram servidas
Com muito amor e paixão
De mil juras prometidas
Surge um único varão
Na festa de Deus-menino
Após dois anos de corte
Levou um menino à lida
Quase me levou à morte

O que sobrou de nós dois
Não dá nem pra repartir
O pior veio depois
Quando pude conferir
Pelos traços desse filho
Dá pra ver a minha estória
Um sofrer que vem de longe
Acobertado de glória

. . .


Nereci...
Quando o mar levou
Teria sido traição
Será que
Na maré de hoje
Ela virá
Rainha do mar
Além de
Todos além
Além do mar
Além do além mar
Nereci alguém
Do azul está

. . .


Vai ser pior ainda
Quando amanhecer
Tudo que se tem pra cantar
Não dá pra embalar
Nem pra devolver
O direito de escolher

A música melhor para se dançar
A música melhor para se dançar

Quem faz parte dessa cena
Gravando! Pode rodar
Pra cumprir a mesma pena
Não é preciso ensaiar
Tá combinado

Basta aprender sambar dobrado
Basta aprender sambar dobrado

. . .


Você chegou
Você me viu
Você falou
Você me iludiu
Me beijou
E agora amor?

Você dormiu
Se retirou
E eu fiquei
Você destruiu
O que fez

E agora, amor?
Na minha opinião
Isso é dupla traição
Se você não sabe
Pedir perdão
Volta que eu quero
Morrer de alegria
Depois agradecer

. . .


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