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Antonio Carlos Jobim




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Antonio Carlos Jobim Album


Orfeu da Conceição (1956)
1956
1.
Orfeu da Conceição - Ouverture
2.
3.
4.
5.
6.
7.
. . .

Orfeu da Conceição - Ouverture

[No lyrics]

. . .


Mulher mais adorada!
Agora que não estás, deixa que rompa
O meu peito em soluços! Te enrustiste
Em minha vida; e cada hora que passa
É mais por que te amar, a hora derrama
O seu óleo de amor, em mim, amada...
E sabes de uma coisa? Cada vez
Que o sofrimento vem, essa saudade
De estar perto, se longe, ou estar mais perto
Se perto, – que é que eu sei! Essa agonia
De viver fraco, o peito extravasado
O mel correndo; essa incapacidade
De me sentir mais eu, Orfeu; tudo isso
Que é bem capaz de confundir o espírito
De um homem – nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga
Esse contentamento, essa harmonia
Esse corpo! E me dizes essas coisas
Que me dão essa força, essa coragem
Esse orgulho de rei. Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! Sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou
Pedra rolada. Orfeu menos Eurídice...
Coisa incompreensível! A existência
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos. Tu
És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida! Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura! Quem
Poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que ele, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo!

. . .


Um nome de mulher
Um nome só e nada mais
E um homem que se preza
Em prantos se desfaz
E faz o que não quer
E perde a paz

Eu, por exemplo
Não sabia, ai, ai
O que era amar
Depois você me apareceu
E lá fui eu
E ainda vou mais

. . .


Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor
Abre os teu braços e canta
A última esperança
A esperança divina
De amar em paz

Se todos fossem
Iguais a você
Que maravilha, viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar, a sorrir a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

. . .


Mulher, ai, ai, mulher
Sempre mulher
Dê no que der
Você me abraça, me beija, me xinga
Me bota mandinga
Depois faz a briga
Só pra ver quebrar
Mulher, seja leal
Você bota muita banca
Infelizmente eu não sou jornal

Mulher, martírio meu
O nosso amor
Deu no que deu
E sendo assim, não insista
Desista, vá fazendo a pista
Chore um bocadinho
E se esqueça de mim
E se esqueça de mim

. . .


Eu e o meu amor
E o meu amor ...
Que foi-se embora
Me deixando tanta dor
Tanta tristeza
No meu pobre coração
Que até jurou
Não me deixar
E foi-se embora
Para nunca mais voltar

. . .


Não posso esquecer
O teu olhar
Longe dos olhosmeus
Ai, o meu viver
É de esperar
Pra te dizer adeus
Mulher amada
Destino, destino meu
É madrugada
Sereno dos meus olhos já correu
Não posso esquecer
O teu olhar
Longe dos olhos meus
Ai, o meu viver
É de esperar
Pra te dizer adeus

. . .


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